Posts com Tag ‘Eurocopa’

A seleção de Xavi, Iniesta e Fàbregas é a primeira na história a conquistar o título por duas vezes consecutivas

André Gasparotto

Mais uma vez nessa Euro 2012, tivemos um início de jogo da Espanha abusando do seu tradicional toque de bola e uma seleção italiana preocupada primeiro em marcar, pra aí sim, sair para o ataque. Esse era o panorama. Pelo menos até os 13 minutos, quando Iniesta deu grande passe para Fàbregas, que da linha de fundo cruzou para trás e David Silva, de cabeça fez Espanha 1 a 0. A partir daí, os italianos foram obrigados a sair mais para o ataque. Porém, a marcação italiana não funcionava e o treinador rival, Vicente Del Bosque percebendo isso, pediu para sua equipe avançar mais as linhas de meio. Se as coisas já não estavam boas para a Azurra, piorou aos 21 minutos, quando o zagueiro Chiellini sentiu dores no joelho e teve que ser substituído. A Itália até conseguiu segurar o ímpeto espanhol por alguns minutos, mas não por muito tempo. Aos 40 minutos, o maestro dessa seleção, Xavi, conduziu a bolapelo meio e serviu o lateral Jordi Alba, que recebeu e tocou na saída do goleiro Buffon. Espanha 2 a 0. Com esse gol, a Itália ficou perdida em campo. O atacante Mário Balotelli, que havia afirmado que faria 4 gols na final, estava irreconhecível. Pior para os italianos, que pegaram uma Espanha em dia de “Fúria”.

A segunda etapa teve início com Di Natale finalizando dentro da área, logo aos 5 minutos, mas Casillas estava lá. Mesmo com essa “pressãozinha” nos primeiros minutos, o jogo era todo da Espanha, que atacava com mais perigo que a Itália. Atrás no placar, o treinador Cesare Prandelli queimou suas três substituições antes dos 20 minutos e viu Thiago Motta que havia acabado de entrar, ter que sair com dores na coxa. A Itália ficou com 10 jogadores o resto do jogo inteiro. Mas com esse domínio todo, a Espanha mostrava o que lhe era negativo, chegava à área italiana, mas não finalizava, ficava “enrolando” e não arriscava a finalização. Os italianos ainda buscavam o ultimo suspiro na partida, quando aos 38 minutos, após saída de bola errada, “El Niño” Torres apenas tocou na saída de Buffon e fez Espanha 3 a 0. A essa altura, com as circunstancias do jogo, título garantido, e história feita, agora a Espanha mostrava de vez, que nos últimos cinco anos se tornou uma potência mundial. E aos 42, em mais uma jogada de Torres, o atacante recebeu e deixou Juan Mata de frente para o gol vazio chutar e fazer seu primeiro gol na Euro. Gol esse que fechou o caixão italiano. Espanha 4 a 0. O árbitro português Pedro Proença apitou o final de jogo, em Kiev. A Espanha é campeã da Euro 2012.

Luiz Guilherme Michelato

Após duas semifinais emocionantes, Itália e Espanha se garantiram na final de hoje, da Eurocopa 2012, no Estádio Olímpico de Kiev. As duas seleções, que estiveram no mesmo grupo da fase de grupos, voltam a se encontrar em busca do titulo continental. Na primeira partida do torneio para ambos, Azurra e Fúria se enfrentaram e empataram por 1 a 1, gols de Di Natale e Fàbregas. Agora, na decisão, vai ser a grande chance dos italianos mostrarem porque são tão temidos no mundo do futebol. Para os espanhóis, o título serviria para mostrar que a Espanha é o novo país do futebol.

Ninguém cai de paraquedas em uma finalíssima de Eurocopa, foram cinco jogos, contra as melhores seleções da Europa. Nesse caminho, as duas equipes tiveram muitas adversidades. Na fase de grupo, Espanha e Itália estavam no grupo C, que foi completado com Croácia e Irlanda. Os espanhóis, após empatar com o adversário da final na estreia, venceram a Irlanda, com muita facilidade, por 4 a 0 e passaram pela Croácia, com um magro 1 a 0, em uma partida muita disputada. Já os italianos, empataram com os croatas no segundo jogo e foram para a partida final do grupo, frente à Irlanda, precisando vencer e torcendo por uma vitória espanhola no outro jogo. Deu certo, os azuis fizeram sua parte, venceram por 2 a 0, e a Espanha ajudou.

Na fase eliminatória, os espanhóis, que classificaram em primeiro lugar do grupo, tiveram pela frente a seleção da França, nas quartas de final. Vitória por 2 a 0, com dois gols de Xabi Alonso. A Itália pegou a Inglaterra na mesma fase e apesar do amplo domino na partida, não conseguiu converter em gols. Decisão nos pênaltis e Buffon levou os italianos à semifinal.

Na semifinal, dois clássicos mundiais. De um lado a atual campeã europeia e mundial, Espanha, contra Portugal, de Cristiano Ronaldo. Do outro, tradição em campo. Itália, tetracampeã do mundo de frente com a Alemanha, com três títulos mundiais e em busca do quarto troféu da Europa.

A Espanha teve muitas dificuldades para passar pelos portugueses. Portugal sabia que enfrentava uma equipe superior e conhecia suas limitações, por isso, jogou no erro do adversário e fez uma partida de igual para igual contra os espanhóis. Jogo equilibrado, sem grandes oportunidades de gol e decisão nos pênaltis. Casillas e o travessão levaram a Fúria a sua segunda decisão de Euro seguida.

No confronto da tradição, a Itália, novamente, levou a melhor sobre os alemães. A Alemanha era a principal favorita ao titulo, nas palavras do futebol, é o time da moda. Além de todo favoritismo, a equipe de Joachim Löw era a única com 100% de aproveitamento até a fase semifinal. Tudo isso não importou, vitória da Azurra por 2 a 1, com um show do maior maluco do futebol atual, Mário Balotelli.

Para o confronto decisivo, dúvidas cercam as duas equipes, principalmente, os espanhóis. Vicente Del Bosque, comandante da Fúria, ainda não sabe se entrará com um homem de referência na área, o centroavante. Contra Portugal, Del Bosque escolheu o atacante Negredo para a vaga, Torres também já foi testado na posição dentro da Euro 2012. Caso o treinador não queira um atacante de oficio, Fàbregas deve ser a opção, fazendo um meio de campo mais numeroso.

Pelo lado italiano, todos mantém o otimismo, mas jogam o favoritismo para o outro lado. Após a vitória sobre a Alemanha, o técnico Cesare Prandelli falou que a Espanha é “claramente favorita”. “Eles são claramente os favoritos em termos de experiência e qualidade, mas nós estaremos lá para lutar. Mostramos na quinta o respeito e a honra que temos de vestir esta camisa”, disse o comandante da Azurra em entrevista a emissora italiana RAI. Em coletiva de imprensa, o treinador ainda afirmou que sua seleção não terá medo dos atuais campeões do mundo. “Não temos medo da Espanha. Tentaremos encontrar os pontos fracos deles e trabalhar em cima disso. Não será fácil. É a terceira final consecutiva (duas da Euro e uma da Copa), e isto significa que eles têm grandes qualidades. Mas nós crescemos desde o início do torneio e agora somos um time de verdade. Fomos fantásticos diante da Alemanha”, completou Prandelli.

Mas se o comandante da Azurra foi cauteloso com as palavras, o mesmo não pode se dizer do herói da semifinal. Balotelli, sempre polêmico, afirmou que pretende marcar quatro gols na decisão. “Espero fazer quatro gols, não apenas dois. Espero ganhar da Espanha, não importa se jogar bem ou mal. Se eu marcar será espetacular. Mas se ganhamos e eu não marcar, também será espetacular”, falou o confiante camisa 9.

Quando nós falamos de Itália no futebol, a história recheada de conquistas vem logo a cabeça. Mas por incrível que pareça, quando o assunto é Eurocopa, a Espanha já foi mais vezes a final, quatro contra três, e tem dois títulos, contra um italiano. O único titulo da Azurra na competição continental aconteceu em 1968, quando jogou em casa.

Hoje, o momento espanhol é melhor. A Espanha se tornou uma equipe experiente, acostumada com decisões. Porém, nesta Euro, a Fúria ainda não teve uma atuação que encantasse, o melhor jogo foi a goleada contra a Irlanda, mas o adversário era muito fraco. É favorita ao titulo. Favorita, não quer dizer que vai levar.

A Itália entra sempre para vencer, mas disputar uma final não deixa de ser uma surpresa. Os italianos não eram apontados como favoritos ao caneco, mas, como sempre, chegaram. Vivendo uma reformulação, a equipe de Prandelli ainda depende muito de jogadores experintes como Pirlo, que está fazendo uma competição brilhante, e Buffon, ainda, melhor goleiro do mundo. A Azurra deve repetir o estilo de jogo da estreia, quando segurou os espanhóis e teve oportunidades claras de vencer.

 

A grande final da Eurocopa acontece hoje, às 15:45 (horário de Brasília) e terá transmissão da TV Globo, Band, Sportv e do site globoesporte.com

A Azurra irá enfrentar a Fúria espanhola na grande decisão do torneio continental


André Gasparotto

O jogo na cidade de Varsóvia começou eletrizante.  Logo aos 5 minutos, após escanteio na área italiana, o zagueiro alemão Hummels desviou a bola para o gol, mas praticamente em cima da linha, Pirlo salvou. A Alemanha seguia no ataque. O lateral Boateng e o jovem Toni Kroos tiveram suas chances e também desperdiçaram. Mas com 10 minutos de bola rolando, era visível a maior posse de bola italiana, que marcava pressionando a equipe alemã ainda no seu campo de defesa e ainda criava suas chances de gol. Em duas oportunidades com o meia Montolivo e o atacante Cassano, a Itália levou perigo. O controle do jogo passou a ser italiano e aos 19 minutos, a constatação. Cassano fez ótima jogada pela esquerda e cruzou, Balotelli ganhou de Badstuber e de cabeça colocou a Itália em vantagem no placar. A Azurra seguia no ataque e Montolivo quase marcou o segundo. Os alemães davam a impressão de terem sentido o gol italiano, mas também buscavam criar algo lá na frente. Podolski e principalmente Mário Gomez, artilheiro alemão na Euro, pouco produziam. E aos 35, Mário brilhou. Mas não o Mário alemão e sim o italiano. Novamente Mário Balotelli, dessa vez após lançamento magistral de Montolivo, recebeu e conduziu a bola até a entrada da área, antes de fuzilar as redes do goleiro Neuer. Itália 2 a 0. Esse placar no fim do primeiro tempo pode ter sido surpresa para muitos, mas não para os italianos que viam a sua seleção apresentando um futebol prático e eficiente.

Para o segundo tempo, o técnico Joachin Löw promoveu as entradas de Reus e Klose.  O treinado Cesare Prandelli não mexeu em sua equipe.  Aos 3 minutos, o capitão Lahm na entrada da área arriscou, mas perdeu uma boa oportunidade de diminuir o marcador. Para a Alemanha era tudo ou nada. Mas quando saia na busca do seu gol, deixava espaços em sua defesa. A Itália aproveitava. Sempre em jogadas com o maestro da equipe, Pirlo. A tensão tomava conta dos alemães, na medida em que o seu gol não saia. Aos 16, em cobrança de falta perigosa, Reus exigiu boa defesa de Buffon. Aos 29, resposta italiana com Marchisio, que deixou Lahm no chão e bateu cruzado, assustando o goleiro Neuer. A tensão virava desespero no lado alemão. A Itália estava mais perto do seu terceiro gol, do que a Alemanha de fazer o primeiro. Os italianos se fecharam esperando um contra-ataque pra matar a partida. A Alemanha se jogava pro ataque. E aos 46, conseguiu um pênalti. Özil ficou encarregado da cobrança e fez. Os últimos minutos foram de pressão alemã. O goleiro Neuer abandonou o gol e passou a jogar como líbero. Mas já era tarde, o árbitro francês Stéphane Lannoy apitou o final de jogo. Itália classificada para a decisão da Euro 2012.

O duelo entre Itália e Espanha acontece no próximo domingo, no estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.

Após 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, espanhóis comemoraram a classificação pela segunda vez consecutiva á final da Eurocopa

André Gasparotto

A bola rolou em Donetsk e assim como disse o treinado português Paulo Bento durante a semana, Portugal não ficaria somente se defendendo, chamando os espanhóis para o seu campo e também procurou atacar. Do lado espanhol o treinador Vicente Del Bosque optou por uma mudança no ataque, iniciando o jogo com o atacante Negredo, na vaga do meia Fabrégas. Se muitos se surpreenderam com a postura portuguesa em campo, a posse de bola espanhola não foi surpresa para ninguém. Desde o inicio a Espanha teve maior controla da bola. Aos 8 minutos, o toque de bola espanhol surtiu efeito, quando Iniesta invadiu a área e tocou para o lateral Arbeloa que chegava de trás, bater para o gol. Mas seu chute passou por cima, levando certo perigo á meta do goleiro Rui Patrício. Após esse primeiro lance real de gol, as duas equipes passaram a se estudar em campo, o que fez o jogo um pouco morno. Portugal saia mais com a bola, procurando trabalhar melhor a posse da bola, principalmente com Moutinho, Nani e Cristiano Ronaldo. Já a Espanha, buscava as ligações diretas da defesa pro ataque. A seleção portuguesa conseguiu se achar e passou a criar boas oportunidades. E dos pés do craque Cristiano Ronaldo que saíram as duas melhores chances portuguesas na primeira etapa. Na primeira, uma finalização por cima do gol de Casillas. Na segunda, Moutinho roubou a bola de Jordi Alba e lançou para o gajo, que de esquerda, chutou e levou perigo á meta defendida por seu companheiro de Real Madrid. A Espanha respondia. Iniesta era quem mais levava perigo e em lance dentro da área, quase abriu o placar. A bola foi para fora. Com a marcação forte e adiantada no campo de defesa espanhol, Portugal incomodava a saída de bola da Fúria, que pouco finalizava. Os portugueses tiveram mais chutes á gol, mas difícil foi o gol querer sair nesse primeiro tempo.

Na segunda etapa, o mesmo panorama da primeira. Espanha com a maior posse de bola, mas sofrendo para sair trocando passes de trás e Portugal marcando muito bem e chutando mais a gol. Talvez a Espanha não finalizasse tanto, porque a aposta que o treinador Del Bosque fez para essa partida, aquele que deveria ser o “cara” da conclusão, não finalizou uma bola sequer para o gol. Conseqüência? Logo aos 8 minutos, Negredo foi sacado e no seu lugar entrou Fabrégas. A alteração foi boa para os espanhóis, que ganharam em mobilidade e qualidade no passe. Mas faltava chutar mais á gol. Aos 23, após roubada de bola, Xavi arriscou de fora e o goleiro Rui Patrício defendeu. Os portugueses seguiam dando trabalho. Em três oportunidades em cobranças de falta, Cristiano Ronaldo teve á chance de fazer o gol português, mas não era o dia dele. O jogo ia se encaminhando mesmo para a prorrogação. Algo que chamou a atenção de todos no estádio, foi quando aos 42 minutos, Del Bosque tirou o meio campista Xavi da partida. Uma alteração que poucos entenderam. O árbitro turco Cüneyt Çakir apitou o final de jogo. Vamos á prorrogação.

No tempo extra a cautela agora era extrema, pois um gol poderia ser o fim da Euro para qualquer seleção. O cansaço também já era evidente. Poucas chances foram criadas nos dois tempos. A principal, aos 13 da primeira parte, Jordi Alba fez ótima jogada pela esquerda e achou Iniesta que de frente par o gol bateu. O goleiro Rui Patrício salvou Portugal. Tudo seria decidido nas cobranças de pênaltis.

Logo na primeira cobrança espanhola, Xabi Alonso bateu bem, mas Rui Patrício caiu no canto certo e defendeu. Na primeira cobrança portuguesa, João Moutinho cobrou para defesa de Casillas. Tudo igual na Donbass Arena, em Donetsk. Do lado espanhol, Iniesta, Piqué e Sérgio Ramos converteram as suas cobranças. Do lado português, o zagueiro brasileiro naturalizado português Pepé e o atacante Nani, também converteram. Mas na quarta cobrança portuguesa, Bruno Alves acertou o travessão. A Espanha passava á frente na disputa. A responsabilidade da classificação á final estava nos pés de Fabrégas e o jogador do Barcelona não decepcionou. Espanha 4 a 2 nos pênaltis. A Fúria está classificada pela segunda vez consecutiva para a decisão da Eurocopa.

Na próxima fase, italianos enfrentarão os alemães na disputa por uma vaga na final

André Gasparotto
Acostumadas a apresentar um futebol pouco ofensivo, Itália e Inglaterra fizeram, desde os primeiros minutos, um jogo cheio de possibilidades. O primeiro lance de perigo foi italiano. Após bela jogada pela direita, a bola sobrou para De Rossi, que de primeira acertou um lindo chute, que caprichosamente bateu na trave do goleiro Hart. A Inglaterra pouco tocava na bola e poderia se complicar por causa disso. Mas aos 4 minutos, o lateral Johnson apareceu dentro da pequena área italiana e chutou antes da marcação chegar, a bola foi em direção do gol, mas Buffon executou um milagre. Puro reflexo do goleiro italiano.  A Inglaterra seguia adiantando a marcação fazendo com que a Itália tivesse dificuldade de sair no toque de bola. Mas mesmo com essa forte marcação, os ingleses ainda davam espaços, principalmente para Balotelli. O atacante do City, teve três boas chances no primeiro tempo, na mais clara, recebeu lançamento de Pirlo no costado da zaga e avançou com a bola. Mas perdeu tempo e finalizou prensado com o zagueiro Terry. Os ingleses buscavam sair no toque de classe de Gerrard ou na velocidade de Young, mas esbarravam nos próprios erros. A estrela do English Team, Wayne Ronney era pouco acionado. O tempo foi passando, as conclusões não resultavam em gols e o primeiro tempo acabou mesmo em 0 a 0.

 

A segunda etapa, assim como a primeira começou quente.  Aos 2 minutos uma chance que De Rossi da ponta da pequena área chutou para fora. A Itália criava e perdia muitas chances. Aos 5, após chute forte de Pirlo,o goleiro Hart espalmou nos pés de Balotelli, que chutou em cima do próprio Hart e na seguida Montolivo jogou para fora. Pressão italiana. O técnico inglês Hoy Hodgson pedia para a sua equipe sair mais para o jogo, mas parecia que os jogadores ingleses não entendiam o recado do treinador. O domínio italiano podia ser visto no número de finalizações na partida. Nem mesmo com a entrada de Carroll a Inglaterra passou a levar perigo para a meta do goleiro Buffon. O “chuveirinho” na área italiana, buscando o atacante grandalhão do Liverpoool chegava a irritar.  Por um instante, o jogo ficou equilibrado, mas a posse de bola era de61% para a Itália, que também não estava valendo pra nada, afinal, o gol não saia. Se aproximando do final da partida, italianos e ingleses não se arriscavam mais e a prorrogação era iminente. Final de jogo. Apesar da Itália melhor o 0 a 0 não saiu do placar.

A prorrogação á essa altura só era boa para uma seleção, a Alemanha, pois iria enfrentar na semifinal uma seleção desgastada fisicamente. A Itália continuava á chutar muito, principalmente com Balotelli. Aos 11 minutos, foi a vez de Diamanti tentar um cruzamento e a bola ir na trave, dando um susto nos ingleses em Kiev. A Itália continuava a dominar a posse de bola e a Inglaterra apenas marcava. O segundo tempo da prorrogação adivinhe, era Itália toda no ataque. Buffon assistia ao jogo de camarote. Aos 9 minutos, De Rossi de cabeça balançou as redes no estádio Olímpico de Kiev, mas o impedimento foi marcado. Naquele momento, os italianos haviam finalizado durante todo jogo, 34 vezes contra apenas 9 finalizações inglesas. Aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação, o árbitro português Pedro Proença, apitou o final de jogo. Decisão nos pênaltis.

Agora era o coração na ponta da chuteira e por que não das luvas. O primeiro a bater foi Balotelli. Gol da Itália. Do lado inglês, o capitão Gerrard abriu a série com gol. Na segunda cobrança italiana, Montolivo desperdiçou. Ronney foi o próximo e colocou a Inglaterra em vantagem, 2 a1. A terceira cobrança italiana foi de Pirlo, que com muita categoria, de cavadinha igualou a série. Na terceira cobrança inglesa, Young bateu forte e a bola foi no travessão. Três pênaltis para cada lado, um erro de cada seleção. Na quarta cobrança italiana, Nocerino bateu bem e fez. Na quarta cobrança inglesa, entrou em cena o goleiro Buffon, que defendeu o chute do lateral Cole. A Itália dependia de mais uma cobrança certa para se classificar. A responsabilidade caiu nos pés do camisa 22 Diamanti, que foi para a cobrança e fez. Itália 4 a 2. A Azurra está classificada para a semifinal da Euro 2012.

Com dois gols de Xabi Alonso, espanhóis continuam na briga pelo Bi-campeonato continental

André Gasparotto

A partida começou da maneira que todos já esperavam, com a França recuada chamando a Espanha para o campo de ataque. Os espanhóis jogavam com calma e com seu tradicional toque de bola. Com 10 minutos de jogo, era visível que os franceses se preocupariam primeiramente em marcar, para aí sim, sair na velocidade com Malouda e Ribéry.  Com a forte marcação francesa, a Espanha passou a arriscar lançamentos longos, mas sem muito sucesso.

Mesmo com essa dificuldade de penetrar a área francesa, o gol espanhol saiu. Aos 19 minutos, após bela jogada pela esquerda, Iniesta entregou para Alba que da linha de fundo cruzou e no seu centésimo jogo com a camisa da Fúria, Xabi Alonso de cabeça, fez Espanha 1 a 0. O gol deu uma esquentada no jogo, mas os comandados de Lorrant Blanc pouco criavam. O atacante Benzema era quem mais buscava as jogadas, mas sozinho ficava difícil furar o bloqueio espanhol.  A França não assustou em nenhum momento o goleiro Iker Casillas.

 

O segundo tempo foi literalmente a continuação do primeiro. A Espanha continuou trocando muitos passes, a posse de bola era estrondosa, mas mesmo com a facilidade encontrada pelos espanhóis, os franceses sem pegar muito na bola, esperavam o momento certo para atacar. Só que alem de estar enfrentando uma das melhores seleções do Mundo, a França jogava também contra o tempo. E isso foi uma arma usada pelos espanhóis.

Girando a bola de um lado pro outro, a França não conseguia criar nada. O jogo passava e Casillas havia feito absolutamente nada no jogo. A partir dos 35 minutos, o jogo deu uma caída. Muitos passes, poucas finalizações. Quando a torcida da Fúria já ecoava o som de “Olé” em Donetsk, o jovem atacante Pedro sofreu pênalti. O autor do primeiro gol da partida Xabi Alonso foi para a cobrança e guardou. Espanha classificada 2, França eliminada 1. Agora a Espanha enfrenta Portugal na próxima quarta.

 

André Gasparotto

Um jogo que envolve mais do que uma simples disputa esportiva. Ao entrarem no gramado da Arena de Gdansk, Alemanha e Grécia carregavam juntas uma “rivalidade” extra-campo, que nada tem haver com o futebol de suas seleções. Esses dois países estão de lado opostos também na crise financeira que assombra a Europa.  Aqui, trataremos apenas de futebol.

Para essa partida, o técnico Joachim Löw optou pelo descanso de alguns dos seus jogadores. A linha de ataque titular formada por Müller, Podolski e o artilheiro “Super” Mário, foi trocada por Schürrle, Reus e Klose.  Do outro lado, a Grécia que não teria o seu capitão Karagounis suspenso, apostava mais uma vez no seu famoso sistema defensivo. Ou seja, alemães com sangue novo no ataque e gregos fechadinhos atrás. O primeiro tempo foi um ataque contra defesa.

Foi só a bola rolar a Alemanha já partiu para cima em busca do seu gol. Tanto que aos 3 minutos, o volante Khedira chutou e quando o goleiro grego Sifakis deu rebote, Klose fez o gol, mas estava impedido. Os alemães seguiam no ataque. Khedira, Özil, Reus, Klose, todos tiveram chances de abrir o placar. A Grécia mesmo sofrendo uma forte pressão, não modificava o seu sistema de jogo. Muitas vezes durante esse primeiro tempo, todos os jogadores gregos ficavam atrás da linha da bola, apenas esperando um momento para contra-atacar. O tempo ia passando e nada de gol. O placar de 0 a 0 não retratava o que era o jogo. Até que aos 38 minutos, o capitão Philip Lahm abriu espaço na ponta esquerda da área e de pé direito, bateu, com efeito, fazendo Alemanha 1 a 0. Festa dos alemães em Gdansk. Atrás no placar, a Grécia teria que sair para o jogo como fez contra a Polônia se quisesse passar para as semifinais.

Na volta do intervalo o técnico Fernando Santos promoveu duas alterações na sua equipe, mas a proposta continuava a mesma. Esperar atrás para sair pro contra-ataque. Só que agora com três jogadores na frente. Os alemães voltaram da mesma maneira que jogaram a primeira etapa. O toque de bola alemão era de dar inveja á qualquer seleção do Mundo, mas faltava objetividade. A bola passava de um lado para o outro, mas faltava a conclusão. E o que muitos achavam que não poderia contecer, aconteceu. Aos 10 minutos, Salpingidis fez boa jogada pela direita e o atacante Samaras desviou para o gol.  Era o empate grego. Mas a felicidade grega não iria durar muito tempo. Mesmo conseguindo sair mais para o jogo, a Grécia continuava a dar espaços para a Alemanha e aos 16 minutos, Boateng levantou da direita e Khedira emendou um “sem-pulo”, um golaço do jogador do Real Madrid. Mais uma vez á frente no placar, os alemães partiram de vez para cima dos gregos para liquidar a fatura. Aos 23 minutos, bola levantada na área e o sempre oportunista Miroslav Klose, de cabeça, desviou a bola para o fundo das redes. Alemanha 3 a 1.

Para os gregos, a única opção era sair de vez para o ataque, mas a tarefa era muito difícil. E aos 29, após jogada de Klose, o goleiro Sifakis deu rebote e Reus soltou uma bomba para fazer o quarto gol alemão. A Grécia não encontrava forças, o desanimo havia batido, mas mesmo assim, ainda conseguiu chegar ao segundo gol. Em lance dentro da área, Boateng desviou cruzamento com a mão, pênalti. Na cobrança, Salpingidis marcou o gol de despedida dos gregos. O árbitro Damir Skomina apitou o final de jogo. Alemanha classificada para a semifinal da Euro 2012. Os gregos, que poucos acreditavam, voltam para casa de cabeça erguida, com o sentimento de dever cumprido. Agora os alemães aguardam o confronto entre Espanha e Itália, para saber quem será o seu adversário.

Craque do Real Madrid desequilibra e classifica sua seleção ás semifinais da competição

André Gasparotto

O jogo começou muito disputado, com as duas equipes centralizando as suas jogadas e buscando ligações da defesa direta ao ataque. Principalmente do lado português, com os zagueiros Pepe e Bruno Alves. Quando a bola parou mais no gramado, os erros continuaram, os passes continuavam errados, poucos ataques, e as equipes pouco criavam. Os principais jogadores de cada seleção, de um lado C. Ronaldo e do outro Jirácek, eram marcados de perto sem espaço para jogar, o que dificultava as chegadas ao ataque de ambas às equipes. Com 26 minutos jogados, muitas faltas eram marcadas pelo arbitro Howard Webb que tentava coibir as entradas mais duras. O português Nani era um dos mais exaltados em campo e por pouco não foi pro chuveiro mais cedo. Aos 40 minutos, problemas para o técnico Paulo Bento. O atacante Hélder Postiga sentiu uma fisgada na posterior da coxa direita e com isso o técnico português foi obrigado a mexer na equipe, colocando em campo o também atacante Hugo Almeida. O grande lance dessa primeira etapa aconteceu aos 45 minutos, quando Cristiano Ronaldo dominou no peito, girou e chutou rasteiro na trave. Por muito pouco Portugal não saia em vantagem nesse primeiro tempo.

O segundo tempo começou da maneira como terminou o primeiro, com Portugal no ataque. E em bela cobrança de falta de C. Ronaldo, mais uma vez bateu na trave, o que levou o português à loucura. Os portugueses controlavam as ações do jogo e com um sistema mais ofensivo, finalizavam muito. Na maioria das vezes com o seu camisa 7. Aos 13 minutos, Nani cruzou e Hugo Almeida fez de cabeça. Mas impedido, o árbitro anulou o gol. A Rep. Tcheca não conseguia sair da defesa. O técnico Michal Milak bem que tentou fazer algo, mas a sua equipe parecia sentir a pressão de disputar uma fase de quartas-de-final de uma Eurocopa. E aos 33 minutos, o meia João Moutinho fez a jogada na ponta direita e conseguiu bom cruzamento, que Cristiano Ronaldo, de cabeça, finalmente guardou no fundo das redes. Portugal 1 a 0. Agora restavam pouco mais de 10 minutos para os tchecos buscarem algo que não conseguiram até então. Portugal passou a trabalhar a bola para gastar o tempo, mas sem deixar de atacar. No ultimo suspiro, o goleirão Petr Cech ainda foi para a área de Portugal em cobrança de escanteio, mas de nada adiantou. O arbitro inglês Howard Webb apitou o final do jogo. Os portugueses estavam classificados para a próxima fase. Agora, ficam no aguardo para saber contra quem será o jogo. Espanha ou França.

As duas últimas vagas as quartas de final da Euro 2012 foram definidas ontem. Com dificuldades, Inglaterra e França confirmaram o favoritismo e avançaram no Grupo D.

André Gasparotto

Inglaterra 1 x 0 Ucrânia

De um lado o apoio incondicional de uma torcida que lotava e fazia uma linda festa para empurrar os donos da casa. Do outro, a esperança nos pés de um jogador que por suspensão, ficou de fora dos dois primeiros jogos e iria estrear nessa partida, Wayne Ronney. E o jogo começa com a Ucrânia indo bem ao ataque e chegando com perigo, até por que, precisavam de uma vitória para se classificar. A Inglaterra estava acuada e não conseguia ligar as jogadas até Rooney, marcado de perto por Garmash, aposta do treinador Oleh Blokhin. Os donos da casa seguiam pressionando, quase sempre com chutes de longa distancia. Era um festival de finalizações ucranianas. Aos todo, foram mais de 15 tentativas, mas a bola teimava em não entrar. Mérito também do goleiro Joe Hart, que se apresentava muito bem. Os ingleses seguiam sem criar nada no jogo, o que foi irritando o técnico Hoy Hodgson na beira do campo. Com o trio de frente, Young, Welbeck e Ronney com pouca inspiração, a Inglaterra parecia se contentar com o empate até o momento. Com a falta de criatividade inglesa e a má pontaria dos ucranianos, a primeira etapa terminou mesmo em 0 a 0.

Pro segundo tempo, os ingleses voltaram com uma postura mais ofensiva. E logo aos 2 minutos, abriram o placar. Após bela jogada de Gerard pela direita, o capitão cruzou e a bola passou por três defensores e pelo goleirão Pyatov, mas não passou por Ronney, que com seu oportunismo, quase dentro do gol, só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes. Inglaterra 1 a 0. A Ucrânia continuava precisando apenas da vitória, mas agora a tarefa era muito mais difícil. Sair para o ataque e deixar espaços para o forte contra-ataque inglês. Aos 15 minutos, Milevskiy teve boa chance de cabeça na entrada da área, mas a bola não entrou. Logo depois, um novo lançamento na área inglesa encontrou mais uma vez Milesvkiy, que dessa vez, tocou para Devic chutar com o desvio de Hart, a bola foi entrando, mas Terry pulou e tirou o gol de empate. Mas o problema foi que no replay do lance, apareceu que a bola havia entrado, para a irritação dos ucranianos no estádio. O lance serviu para acordar de vez os donos da casa. O atacante, experiente e ídolo nacional, Andrey Shevchenko entrou aos 30 minutos para ajudar a sua seleção. Mas o tempo foi passando e os gols não saiam. A Inglaterra ia controlando o jogo e ditando o ritmo. No finalzinho uma ultima pressão, mas o nervosismo e o desanimo já tomavam conta do estádio em Donetsk. Com o apito final do árbitro húngaro Viktor Kassai, a anfitriã Ucrânia, assim como a Polônia, outra seleção que foi sede, deixa a Euro 2012. A Inglaterra classificada, agora enfrentará a Itália na próxima fase.

 

Suécia 2 x 0 França

Uma seleção que entrava líder e que tinha todo o favoritismo do seu lado, a França. Uma seleção que conta com um dos melhores atacantes do Mundo, mas que não havia vencido um jogo sequer nessa Euro, a Suécia. E foi com esses ingredientes que a bola rolou em Kiev.  A Suécia jogava pela honra de sua camisa e se comportava bem em campo.  A França começou criando algumas chances e passou até uma impressão que o seu gol sairia a qualquer momento. Mas foram os suecos que deram o primeiro susto, com Toivonen acertando a trave de Lloris. Jogando com o regulamento no braço, os franceses esfriavam o jogo e o ímpeto dos suecos, que saiam mais para o ataque. Quem mais buscava e pedia a bola do lado Frances, era Ribéry. O camisa 7 teve boa oportunidade em finalização defendida pelo goleiro Isaksson. O primeiro tempo terminava em 0 a 0.

No segundo tempo, a notícia que mudaria o rumo do jogo. Gol da Inglaterra em Donetsk. Com isso, a França precisava de um golzinho, pois nesse momento, os franceses iam perdendo a liderança do grupo. E as coisas pioraram para os Blues aos 8 minutos. Quando após receber belo passe, o atacante Ibrahimovic de voleio abriu o placar em Kiev. Um golaço. Suécia 1 a 0. Com o gol os comandados de Erik Harmrén cresceram na partida. Mas a França logo retomava o controle. O meia Nasri e o atacante Benzema, bem que tentaram furar o bloqueio sueco, mas sem sucesso. Já perto do final do jogo, os franceses iam dando conta de que, com os resultados parciais, na próxima fase iriam enfrentar o atual campeão europeu e mundial, a Espanha. O técnico Laurent Blanc queria o gol de empate e mandou sua equipe pressionar até o fim. Mas quem marcou não foi á França e sim a Suécia. Após boa jogada pela direita, Holmén acertou o travessão de Lloris e no rebote Larsson encheu o pé, para ampliar o marcador. Suécia 2 a 0. Com o árbitro português Pedro Proença encerrando a partida, a comemoração em campo ficou por conta dos eliminados suecos. Os franceses, classificados, saiam de campo com a sensação amarga da derrota, mas já pensando no confronto diante a Espanha.

Com os resultados, três seleções ainda brigam por duas vagas. Suécia deu adeus.

André Gasparotto

Ucrânia x França: Com ótima atuação, principalmente no segundo tempo, a França derrotou a Ucrânia por 2 a 0, em Donetsk, pela segunda rodada do Grupo D da Euro 2012. A partida, no entanto, ficou marcada, pela forte chuva que caiu na cidade ucraniana e interrompeu o jogo, logo em seu início, por quase uma hora.

Com apenas quatro minutos de bola rolando, o árbitro holandês Björn Kuipers se viu na obrigação de paralisar a partida, pois naquele momento, não havia condições alguma de se realizá-la. Uma tempestade caia em Donetsk. As 14h00min, horário de Brasília, a partida foi reiniciada. A França voltou melhor e criava boas oportunidades. Aos 16 minutos, chegou a balançar as redes. Mas o atacante Ménez estava em posição irregular e o gol foi invalidado. O meia Nasri também levou perigo a meta defendida pelo goleiro Pyatov. A Ucrânia pouco fazia. Aos 25, Yarmolenko bem que tentou, mas a bola passou ao lado do gol de Lloris. Essa foi uma das poucas chances ucranianas no jogo. A França seguia melhor, controlando o jogo, mas o gol não saia. Aos 38, o zagueiro Mexés quase abriu o marcador após bela cabeçada. Mas Pyatov apareceu bem e defendeu. O primeiro tempo terminava sem gols.

O segundo tempo começou e a França precisou de 10 minutos para decidir o jogo. Aos 7 minutos, Ménez recebeu na entrada da área, cortou para o meio e de esquerda, bateu rasteiro no canto do gol ucraniano. França 1 a 0. E o segundo não demorou a sair. Cabaye recebeu no meio da área e também de esquerda tocou na saída do goleiro Pyatov. A festa era francesa na Ucrânia. Os donos da casa seguiam sem produzir nada. O experiente atacante Shevchenko era quem chamava a responsabilidade do lado ucraniano, mas sozinho, conseguiu apenas uma boa finalização que passou rente ao travessão de Lloris. Os franceses, de perigo somente uma bola na trave chutada por Cabaye. No restante do jogo, controlou a bola, rodando de um lado pro outro, esperando o tempo passar. Aos 48 minutos, Kuipers apitou o final da partida. A França derrota a Ucrânia pelo placar de 2 a 0.

 

Suécia x Inglaterra: Num dos melhores jogos dessa edição da Euro até aqui, com duas viradas no placar, muita rivalidade em campo, entrega e principalmente bom futebol, a Inglaterra se deu melhor e, mesmo sem Rooney, viu seus atacantes brilharem para vencer a Suécia por 3 a 2, em Kiev, na Ucrânia.

Para essa partida, o técnico inglês Roy Hodgson apostou em um ataque formado por Danny Welbeck, do Man. United e Andy Carroll, do Liverpool. E o grandalhão da terra dos Beatles não decepcionou. Aos 22 minutos, após levantamento de Steven Gerrard na área, Carroll de cabeça abriu o placar para a Inglaterra. Os ingleses controlavam o jogo, enquanto a Suécia apostava tudo no poder de fogo de sua estrela Zlatan Ibrahimovic. O craque do Milan bem que tentou, mas em duas oportunidades na primeira etapa, não conseguiu balançar as redes do goleiro Joe Hart. Gerrard, Young e Parker seguiam ditando o ritmo do jogo. Mas até o final do primeiro tempo, o placar não se alterou.

Com o resultado parcial de 1 a 0, a Suécia estava se despedindo da competição, então o técnico Erik Hamrén mudou a maneira da sua equipe jogar, dando mais liberdade para os seus meias encostar no ataque. A postura sueca era realmente outra na segunda etapa. E logo aos 4 minutos, após cobrança de falta de Ibrahimovic, a bola bateu na barreira, voltou para Ibra, que deu um sem pulo e a bola sobrou para Mellberg. O zagueiro chutou, a bola desviou em Johnson, bateu na trave e enfim, entrou. Era o gol de empate sueco. E dez minutos depois, a virada viria novamente em jogada do zagueirão sueco. Após cruzamento de Larsson, Mellberg cabeceou livre para o gol. No contrapé do goleiro Hart. O jogo pegou fogo. Agora a Inglaterra que estava em desvantagem. Hodgson mexeu na equipe colocando o garoto Walcott na vaga de Milner. E os ingleses foram pra cima. Aos 18 minutos, o próprio Walcott que havia acabado de entrar, aproveitou sobra na entrada da área e chutou. A bola desviou no defensor sueco e enganou o goleiro Isaksson. A emoção começou a tomar conta do estádio Olímpico, em Kiev. E aos 32 minutos, em mais uma bela jogada de Wacott, a Inglaterra virou o jogo. O jovem atacante do Arsenal passa por dois defensores e cruza para área, onde Welbeck com categoria empurra a bola para o fundo do gol. Festa inglesa na Ucrânia. A Suécia sentiu o desespero, pois voltava a ser eliminada com esse resultado. Mesmo buscando uma pressão no final de partida, Ibrahimovic e companhia foram eliminados da Euro 2012. O “English Team” segue vivo na luta pelo título inédito.