Ex atacante, que disputou 15 partidas com a camisa amarela, comenta o futebol atual do Brasil e dá dicas para os jovens que estão começando
Luiz Guilherme Michelato
Quando o assunto é Seleção Brasileira, Élber Giovane tem propriedade para falar. O ex atacante começou sua jornada com a amarelinha no Mundial Sub-20 de 1991, disputado em Portugal. Em terras lusitanas, o londrinense marcou quatro gols ajudando o Brasil a chegar à final, perdendo para os donos da casa na disputa por pênaltis. Já na equipe principal, o goleador marcou sete gols em 15 jogos e viu uma lesão no ombro o impedir de disputar a Copa de 1998.
Sobre o time atual, que está disputando a Copa das Confederações, o ex atacante cita o ranking da FIFA, onde o Brasil aparece na 22° posição, para ilustrar a situação. “A Seleção Brasileira está muito atrás das outras seleções europeias. Podemos ver isso até pelo ranking da FIFA, pois o Brasil nunca esteve tão mal como está nesse momento. Mas, claro, que de um ano para outro pode mudar muita coisa”, comentou.
Élber ressalta que a Copa das Confederações pode ser uma boa oportunidade para o técnico, Luiz Felipe Scolari, conhecer mais os atletas que tem nas mãos. “Eu acho que agora, na Copa das Confederações, já vai dar para gente ter uma ideia de quais são os jogadores que o Felipão vai poder contar na Copa do Mundo. Acredito que até por isso ele não chamou Kaká e Ronaldinho, por que esses jogadores ele já conhece. Agora, os atletas novos que o treinador levou, é mais para experiência, para ver o comportamento desses jogadores dentro de uma Seleção Brasileira”, disse.
Questionado sobre quais seleções estariam acima do Brasil, o ex atacante não hesita. “Hoje, Alemanha e Espanha estão muito acima”, opinou.
Com um currículo vasto, incluindo passagens por Milan, da Itália, e Bayern de Munique, da Alemanha, Élber aconselha jovens atletas que estão iniciando na carreira. “O atleta tem que ser persistente naquilo que faz, ser dedicado e respeitar. Respeitar comissão técnica, companheiros e adversários. Pois, hoje eles podem ser adversários, mas amanhã ele pode ser seu amigo, que está jogando no mesmo clube que você”, ressaltou.
Para ele, a chave do sucesso é a diversão. “O principal é se divertir. Eu sempre falei que quando o futebol virasse uma profissão, eu pararia de jogar. Futebol é lazer”, destacou. Entretanto, como um bom profissional, a responsabilidade caminho lado a lado com a diversão. “Mas, claro, quando começa jogar profissionalmente e, principalmente, por um time grande, você cria uma responsabilidade. São várias pessoas vibrando, torcendo por você e também torcendo contra”, relatou.
Para finalizar, o ex jogador lembra que na vida de um atleta de alto rendimento nem tudo é felicidade. “Tem os períodos de frustrações e tristezas, mas você sempre pode dar o seu melhor no campo para sua equipe, para ter alegria e diversão dentro do futebol”, completou.
OBS: Em breve, um vídeo com a entrevista completa com o ex atacante Élber, onde ele fala, principalmente, de sua carreira.
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