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Luiz Guilherme Michelato

Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Jorge Henrique, Danilo, Emerson e Guerrero. Essa escalação ficara na memória de todo corintiano para sempre. Onze guerreiros que levaram o Corinthians ao céu. Junto com eles, o treinador, Tite, talvez o principal nome do Timão nos últimos dois anos.

Hoje, esses nomes, acompanhados de uma maioria esmagadora de torcedores em Yokohama, colocaram o Corinthians no topo do mundo. O Chelsea foi só mais um empecilho, como foi Vasco, Santos e Boca Juniors, na Libertadores.

Foi um jogo igual, com chances para ambos os lados desde o primeiro minuto. Logo de cara, uma chance claríssima para os ingleses inaugurarem o marcador. Após bate e rebate dentro da área, a bola sobrou para o zagueiro Cahill, que chutou muito forte. Ágil e com o reflexo em dia, Cássio operou o primeiro de seus milagres na noite japonesa.

Depois do susto, mais calmo em campo, o Timão começou a descobrir as falhas na defesa do Chelsea. Paulinho, Emerson e Guerrero tiveram oportunidades de finalizar, mas não foram felizes na conclusão.

Antes do fim da primeira etapa, “São Cássio” voltou aparecer. Na ponta da grande área do lado esquerdo, o meia Moses chutou com a parte de dentro do pé, colocando muito efeito na bola, obrigando o arqueiro alvinegro se esticar todo e salvar seu time com as pontas dos dedos de sua mão direita.

No segundo tempo, o Corinthians, apesar de não mudar jogadores, mudou sua postura dentro de campo. Essa agressividade tinha um custo, Juan Mata e Hazard, principais nomes dos Blues na partida, tinha muita liberdade pelo meio de campo, causando preocupação na defesa e na torcida corintiana.

Com o tempo, Tite mostou, mais uma vez, que estava certo. Os paulistas começaram a controlar a partida e rondar a área inglesa. Aos 25, o grande momento. O momento mais esperado por toda fiel torcida após a conquista da Libertadores. Paulinho tabelou com Jorge Henrique e foi em busca da finalização, mas adiantou demais a bola. Para sorte do volante e de toda nação, a redonda sobrou com Danilo que, com a tranquilidade de sempre, cortou o zagueiro e chutou. Cech, com auxilio de Cahill, ainda salvou a finalização do meia. A bola subiu e foi de encontro com a testa de Paolo Guerrero, que estufou as redes do Chelsea, para explosão da torcida presente no Japão.

Com o resultado adverso, o treinador da equipe inglesa, Rafa Benitez, tentou mexer no time para buscar o empate. Para isso, ele colocou o brasileiro Oscar, para tentar ajudar Mata e Hazard na ligação para Fernando Torres. Muito tranquilo em campo, o Corinthians não deixou os ingleses tomarem conta da partida e continuou tocando a bola e buscando assustar no contra golpe.

Mal durante quase todo o jogo, Torres resolveu assustar duas vezes. Na primeira, aos 40, o atacante ficou de frente com Cássio, aproveitando uma das raras falhas no setor defensivo alvinegro. Porém, na hora que mais precisava, o camisa 12 se agigantou na frente do espanhol e salvou o Corinthians do empate. Seis minutos depois, lançamento longo para grande área e o camisa 9 do Chelsea colocou para dentro, em posição de impedimento. O assistente turco, Tarik Ongun, que já havia errado diversos lances durante a partida, não hesitou ao levantar a bandeira.

Daí foi só esperar o apito final e soltar o grito que estava entalado na garganta: Corinthians, bi campeão mundial. Com esse segundo titulo do Mundial de Clubes, o Timão se igualou ao Barcelona, também detentor de dois canecos, e se tornou o maior vencedor do torneio organizado pela FIFA.

 

Monterrey vence o Al Ahly e termina em terceiro

O Monterrey, do México, venceu o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 e ficou com o terceiro lugar no Mundial de Clubes. Os gols da equipe mexicana foram marcados por Corona, no primeiro tempo, e Delgado, na segunda etapa. Os egípcios até esboçaram uma reação, mas, como já havia acontecido diante do Corinthians, foi muito mal nas finalizações.

Luiz Guilherme Michelato

Ansiedade, nervosismo, emoção, pressão e classificação. Essas cinco palavras definem bem o que foi a estreia vitoriosa do Corinthians no Mundial de Clubes. Ansiedade da torcida, que esperou mais de cinco meses por esse momento. Nervosismo dos jogadores, que demoraram algum tempo para se sentirem a vontade em solo japonês. Emoção no gol de Guerrero, que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito. Pressão da equipe egípcia, que dominou o segundo tempo e quase chegou ao empate. Classificação da Fiel, que terá mais um belo motivo para levantar cedo no próximo domingo, acompanhar seu time em busca do segundo título mundial.

O adversário da decisão será conhecido amanhã, no confronto entre Chelsea e Monterrey, do México. Quem vencer enfrenta o Timão no domingo, em busca do posto de melhor time do mundo.

 

O jogo

A partida começou amarrada, com as duas equipes se estudando. Muito retrancado, o Al Ahly esperava o Corinthians e sonhava com os contra ataques. Já o Timão tocava a bola, no campo de defesa, de um lado para o outro, procurando espaços para abrir o ferrolho egípcio.

O primeiro chute do jogo só aconteceu aos 11 minutos. Levantamento para área, a zaga dos africanos tira mal e a bola sobra com Douglas, que bateu, de primeira, rente a trave do goleiro Ekramy.

A equipe paulista chegou a ter 70% de posse de bola, porém, não conseguia criar nenhuma chance concreta de gol. Douglas estava bem na partida, mas precisava buscar a bola no campo de defesa e levar ela até o trio ofensivo, formado por: Danilo, Emerson e Guerrero. A distância entre os setores prejudicava e dificultava a articulação.

Na primeira vez que a dupla Douglas e Guerrero funcionou, saiu o gol corintiano. Após cobrança de escanteio pela esquerda, a defesa egípcia cortou. Fábio Santos pegou a sobra e rolou novamente para o camisa 10, que cruzou, de três dedos, na medida para o peruano escorar de cabeça e abrir o placar em Toyota, aos 30 da primeira etapa.

No segundo tempo, que tinha tudo para ser mais tranquilo, a tensão tomou conta. Logo de cara, como era esperado, os egípcios partiram para cima. Teoricamente o Corinthians teria mais espaço para marcar mais gols e definir o confronto. Mas ficou só na teoria.

Os brasileiros se contentaram em se defender durante os 45 minutos finais e, pior, fraquejou no que tem de melhor, o seu setor defensivo.  O Al Ahly teve pelo menos duas grandes chances de empatar a partida. Na primeira, Rabia quase surpreendeu Cássio com um chutaço de fora da área. Na segunda oportunidade, Fathi recebeu nas costas de Fábio Santos, invadiu a área e bateu na saída do arqueiro alvinegro, assustando os mais de 30 mil corintianos que acompanham o time no Japão.

Paulinho, que esteve longe de fazer um jogo digno de seu potencial, foi o único que assustou o campeão africano na etapa final. Na melhor chance, o volante recebeu de Guerrero, cortou o zagueiro e, quando ia ficando de frente com Ekramy, foi bloqueado pelos zagueiros.

O sufoco continuou até os 50 minutos, quando o árbitro mexicano, Marvin Torrentera, deu números finais ao confronto e confirmou o Corinthians na final do próximo domingo, dia 16.

 

Sanfrecce vence Ulsan Hyundai e fica em quinto

Na disputa pelo quinto lugar, o Sanfrecce Hiroshima, representante do país sede, venceu o campeão asiático, Ulsan Hyundai, por 3 a 2 e terminou sua primeira participação no Mundial de Clubes com vitória.

Apesar do triunfo japonês, quem abriu o placar foram os sul-coreanos. Mizumoto, contra, deixou o Ulsan em vantagem. Mas, Yamagishi e o artilheiro Sato, duas vezes, viraram para os donos da casa: 3 a 1. Nos acréscimos, Lee Yong ainda descontou, entretanto, a vitória foi mesmo japonesa.